domingo, maio 16, 2004
O NOSSO HOMER
por Adalberto Silva
Estive a gandaiar pelo Orkut. Gastei boas horas passeando por redes de amigos e de amigos de amigos (A.D.A.? Melhor não brincar com isso!!!), clicando numa carinha ali, num rosto aqui, em um conhecido de vista acolá. Dá pra ir longe nessa brincadeira.
Outra coisa que me chamou a atenção foram as tais comunidades, sobre tudo quanto é assunto. Agorinha mesmo juntei-me aos mais de 800 admiradores do Seu Madruga, aquele personagem do Chaves que sempre apanha da dona Florinda. Não deixa de ser engraçado como personagens miseráveis são benquistos pela turma da web.
Seu Madruga é um cidadão de classe baixa residente na zona urbana do México. Sempre desempregado, deve 14 meses de aluguel mas consegue criar sozinho e honestamente a filha (com bicos e um pouco de licença poética). Tipo comum aqui no Brasil. Comum até demais. Outro ídolo da rapaziada é o Homer Simpson, figura que dispensa comentários.
Deve haver alguma correlação entre a admiração dos brasileiros por perdedores e a incapacidade crônica do país crescer, acabar com a miséria e mandar um homem ao espaço (nessa ordem!!!). Tenho certeza absoluta que há, mas não vou teorizar a respeito, pelo menos agora.
Triste é saber que os marqueteiros do presidente Lula ignoram a devoção popular por personagens “economicamente desfavorecidos”, inadimplentes, glutões, beberrões e pés-descalços das mais ordinárias linhagens. Do contrário, poderiam ter evitado a pendenga diplomática causada pela matéria do correspondente do NYT, que relata uma suposta relação pouco saudável do presidente com a bebida. Os caras poderiam aproveitar a matéria para mudar a imagem do cliente e evidenciar a sua faceta homerniana. Poderiam até contratar desenhistas dos Simpsons para a propaganda oficial.
Tudo iria ficar mais engraçado. E as trapalhadas dos petistas no governo desceriam mais suave, feito desenho animado assistido em plena quarta-feira à tarde.
por Adalberto Silva
Estive a gandaiar pelo Orkut. Gastei boas horas passeando por redes de amigos e de amigos de amigos (A.D.A.? Melhor não brincar com isso!!!), clicando numa carinha ali, num rosto aqui, em um conhecido de vista acolá. Dá pra ir longe nessa brincadeira.
Outra coisa que me chamou a atenção foram as tais comunidades, sobre tudo quanto é assunto. Agorinha mesmo juntei-me aos mais de 800 admiradores do Seu Madruga, aquele personagem do Chaves que sempre apanha da dona Florinda. Não deixa de ser engraçado como personagens miseráveis são benquistos pela turma da web.
Seu Madruga é um cidadão de classe baixa residente na zona urbana do México. Sempre desempregado, deve 14 meses de aluguel mas consegue criar sozinho e honestamente a filha (com bicos e um pouco de licença poética). Tipo comum aqui no Brasil. Comum até demais. Outro ídolo da rapaziada é o Homer Simpson, figura que dispensa comentários.
Deve haver alguma correlação entre a admiração dos brasileiros por perdedores e a incapacidade crônica do país crescer, acabar com a miséria e mandar um homem ao espaço (nessa ordem!!!). Tenho certeza absoluta que há, mas não vou teorizar a respeito, pelo menos agora.
Triste é saber que os marqueteiros do presidente Lula ignoram a devoção popular por personagens “economicamente desfavorecidos”, inadimplentes, glutões, beberrões e pés-descalços das mais ordinárias linhagens. Do contrário, poderiam ter evitado a pendenga diplomática causada pela matéria do correspondente do NYT, que relata uma suposta relação pouco saudável do presidente com a bebida. Os caras poderiam aproveitar a matéria para mudar a imagem do cliente e evidenciar a sua faceta homerniana. Poderiam até contratar desenhistas dos Simpsons para a propaganda oficial.
Tudo iria ficar mais engraçado. E as trapalhadas dos petistas no governo desceriam mais suave, feito desenho animado assistido em plena quarta-feira à tarde.
10:29 PM